sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Voe

Voe...

Voemos todos!

Voemos cada vez mais

e mais alto!

Além de nossas possibilidades!

Também não sou adepto das motivações de senso comum...

Mas de vez enquando...

precisamos delas!!!

Por isso...

Voe você também!

Com as asas que tiver...

do jeito que você puder!

Mas voe!!

E sinta como é leve o ar!

E sinta como é doce o mar!

Só nunca deixe de voar!

Voe...

para não esquecer a passagem do tempo

para não guarnecer tanto lamento

para saber o quanto é bom voar!

Experimente a liberdade dos pássaros

entenda porque

não devemos os encarcerar!

Não tenha medo!

Abrigar-se nas alturas

às vezes é estar protegido!

fazer alvoroço

é também produzir ruído

viver...

é também voar!!!


quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Confesso que...

Hoje não fui um bom menino...
e Deus sabe porque!
Sabe dos meus motivos
e da culpa que eu não quero ter!
Sabe que esta, também,
não é uma justificativa!
Aliás, sabe muito mais do que eu posso explicar...
conhece minhas prerrogativas!
Só não sabe dizer,
porque a inércia de alguns sentimentos...
me levam a parar!
No momento em que, talvez,
eu os devesse obedecer,
abstendo-me do pensar!
Não sou uma pessoa má!
Apenas não vejo dificuldade em dizer...
NÃO!
Mesmo que na hora errada...
e que isso pareça algo “sem noção”!
Ainda hei de apanhar muito
Pela facilidade em não dizer...
SIM!
Cometo a falta,
não por aquilo que nego!
Mas a “quem” eu nego o SIM!
A maior vítima de tudo que nego
Não entende por que o faço
É tão segura de si
Que nem lhe sobra o embaraço!

Mas ela é a causa da minha conseqüência!

E nem por isso deixará de ser parte
das pessoas mais importantes da minha vida
Só que às vezes é difícil perceber a arte
que é o incomodo de tocar nesta ferida!
Uma sutileza!
A vítima...
é minha sócia no amor incondicional!
Talvez por isso...
pela distância que nos separa como um abismo
escrevo este relato tão passional!
Poderia ir fundo
Mas não há de se questionar
Amor incondicional
Não dá margens para pensar!
Nesta situação
Sei que sou mais forte
Ceder não é tão difícil...
requer um pouco de sorte
nada que o tempo não resolva,
espero que eu esteja com sorte!

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Blanco

Me vejo no que vejo
Como entrar por meus olhos
Em um olho mais límpido
Me olha o que eu olho
É minha criação
Isto que vejo
Perceber é conceber
Águas de pensamentos
Sou a criatura
Do que vejo

Octávio Paz

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Pra você que quer saber...

Aos poucos...
tudo começa a fazer sentido!

A revelação acontece lenta e vagarosamente
E num minuto displicente
Deixo passar “você”!

Se ao menos soubesse quem sou
Arriscaria dizer para onde vou
e até mesmo quem passou por mim!

Mais importante do que, “quem aqui passou”
É o registro do que ficou
não a diferença entre o “não e o sim”!

Pouco importa de onde vieste
Ou que tipo de máscaras veste
Se te despes diante de mim!

Quem é você?
Do que me adianta saber...
Se amanhã podes revelar outrem!

Assim como para saber quem sou
Não há receita do que me criou
Não há de dizer, também a que vens!

Não quero teu nome
nem endereço
Não quero tua carne,
nem o teu preço
se de nada me vale o que tens!

Não quero saber...
apenas o que me intriga!
Quero saber
também na minha vida
Que papel tua vinda tens!

Entende agora “quem é você”?

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Escrever

A pouco, não sabia o que escrever
Sabia apenas da necessidade de fazê-lo!
Fiz minhas, as palavras de outro poeta...
como se poeta eu também fosse!
Um poema belo!
Ainda assim, o desejo não passou!
Não pude burlá-lo!
Me dei conta de que,
o desejo...
não era de escrever...
e sim de verter o que a alma
não queria mais conter!
Oh, desejo infame!!
Aparentemente vil
e subitamente mal...
mal súbito...
que nasce tolo,
sem importância...
e morre sublime
Forte a ponto de carregá-lo em teus braços
os braços do desejo...
no momento em que as sutilezas da vida
o tornam frágil...
e sublimam tuas fraquezas
no conforto de um papel!!

Eu queria trazer-te uns versos muito lindos

Eu queria trazer-te uns versos muito lindos
colhidos no mais íntimo de mim...
Suas palavras seriam as mais simples do mundo,
porém não sei que luz as iluminaria
que terias de fechar teus olhos para as ouvir...
Sim! Uma luz que viria de dentro delas,
como essa que acende inesperadas cores nas lanternas chinesas de papel!
Trago-te palavras, apenas...
e que estão escritas do lado de fora do papel...
Não sei, eu nunca soube o que dizer-te
e este poema vai morrendo,
ardente e puro,
ao vento da Poesia...
como uma pobre lanterna que incendiou!

Mario Quintana