terça-feira, 24 de junho de 2008

O sorriso

Quanta coisa esconde um sorriso...

Contido no canto dos lábios
E nas entrelinhas do pensamento...

Do meu pensamento!

Um sorriso conta
O que não se pensa em contar!

Diz muito sobre o que quer
Sobre o que se é
E não hesita revelar!

Basta observá-lo bem ali
No vermelho da carne
No sabor do que se vê...
Gosto que não se conhece!

Não há que se provar
Por ele já faço saber
A vontade que lhe apetece

O motivo que o faz brotar!

sábado, 14 de junho de 2008

Cansaço


Estou tão cansado...
e com tanto a fazer que assim não sei dizer
se a razão é mente ou matéria!

Não sei dizer se basta repousar
minha cabeça no travesseiro amigo,
ou meu corpo em cama etérea!

Estou cansado!

Mesmo sabendo que não posso me cansar!
Na inquietude do futuro que há de chegar
Pela conseqüência do meu ontem... meu hoje
onde minha energia vem habitar...
me cansei!

Cansei de parecer ter tudo
e nada ter!
De não parar...
nem me esconder!

De não descobrir como
minhas coisas guarnecer...

Preciso de coisas mais fáceis!
Acessíveis ao que posso ter!
Mas que sejam diferentes do ócio
e tudo mais que eu não quero ser!

Quero não ter que me preocupar
Simplesmente viver
E não saber o que será!

terça-feira, 10 de junho de 2008

Mãos

E mesmo impressionante
o quanto se pode viver
em tão pouco tempo!

Sentir-me como as gotas de chuva
na iminência de precipitar...
queda livre e surpreendente
onde não se escolhe estar!
Um turbilhão a suceder
que a mim não cabe controlar!

E como ter notadas as mãos,
Mas de uma maneira que só eu as percebi!
De modo tão lúdico e banal...
mas tão importante...
que não haveria como mensurar!

Sempre gostei das minhas mãos,
E as encarei como referência de vaidade...
Do corpo...
E da alma!

Porque me sinto assim?
Para que servem minhas mãos então?
Se tal qual a chuva que cai
Não passaremos mesmo do chão?
E nem sempre a guisa de amparo
Poderei usar minhas mãos?

segunda-feira, 2 de junho de 2008