Vejo ainda como se fosse hoje
Aquele menino
Que ergueu os olhos ao céu
E nele encontrou a vontade de ser leve!
De voar como os pássaros
Ao bel prazer se entregar
e viver tudo o que é breve!
Ele encontrou nas alturas
Abrigo e proteção
O privilégio à visão
E tudo mais que se deve!
Achou em meio às nuvens
tão vivas e brilhantes
tal qual, o sol que as reluzia...
o sopro divino
A beleza de somente “ser”!
A liberdade sem destino!
Soube existir!
E fazer isto ter um por que!
Fez sentir na pele
A energia do sol
das nuvens a água
O oxigênio do ar a sorver!
A vontade de ser leve
De não suportar...
Não carregar peso
Fluir como ar!
Alcançar desejo
Permitir-se errar
Não esquecer quem ele era
Dizer que por ali não irá
Cansar de felicidade
E então descansar!
Sei que dentro de mim...
esta criança ainda vive!
Segura a minha mão
e não a deixa soltar!
Comigo assiste solene
tudo o que me faz crescer!
Mesmo que faça doer,
e não possa participar!
Descobri que sem ela não se vive
e aqui sempre haverá de estar!
Por isso a levo comigo
para que sempre me faça lembrar!
Do menino que se encantou pelo céu
De quem me fiz criatura
De onde herdei a ternura
Que para trás não pode ficar!
Nenhum comentário:
Postar um comentário