Há coisas que não se explicam...
Luíza
Rua, espada nua
Bóia no céu imensa e amarela
Tão redonda lua
Como flutua
Vem navegando o azul do firmamento
e no silêncio lento,
um trovador
cheio de estrelas
Escuta agora a canção que eu fiz pra te esquecer Luíza,
Eu sou aoenas um pobre amador
Apaixonado,
um aprendiz,
do teu amor
Acorda amor,
que eu sei que embaixo desta neve mora
um coração!
Vem cá Luíza,
me dá tua mão
o teu desejo é sempre o meu desejo
vem me exorcisa
dá-me tua boca
e a rosa louca vem me dar um beijo
e um raio de sol
nos teus cabelos
como um brilhante que partindo a luz
explode em sete cores
revelando então os sete mil amores
que eu guardei somente pra te dar
Luíza
Tom Jobim
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
Bom dia!
Hoje, o sol ergueu-se leve ao amanhecer
Brando como o calor de um abraço
Claro como haveria de ser
Ainda assim, para sempre sol!
Trouxe com ele o azul do céu
pintado de nuvens brancas
escondido sob um fino véu
Ainda assim, céu azul!
Despertou a todos para a vida
para o universo de cada ser
E ainda assim, vida
O que mais poderá ser?
Brando como o calor de um abraço
Claro como haveria de ser
Ainda assim, para sempre sol!
Trouxe com ele o azul do céu
pintado de nuvens brancas
escondido sob um fino véu
Ainda assim, céu azul!
Despertou a todos para a vida
para o universo de cada ser
E ainda assim, vida
O que mais poderá ser?
Um gosto de sol
Alguém que vi de passagem
Numa cidade estrangeira
Lembrou os sonhos que eu tinha
e esqueci sobre a mesa
Como uma pera se esquece
Dormindo numa fruteira
Como adormece o rio
Sonhando na carne da pera
O sol na sombra se esquece
Dormindo numa cadeira
Alguém sorriu de passagem
Numa cidade estrangeira
Lembrou o riso que eu tinha
e esqueci entre os dentes
Como uma pera se esquece
Sonhando numa fruteira
Milton Nascimento
Numa cidade estrangeira
Lembrou os sonhos que eu tinha
e esqueci sobre a mesa
Como uma pera se esquece
Dormindo numa fruteira
Como adormece o rio
Sonhando na carne da pera
O sol na sombra se esquece
Dormindo numa cadeira
Alguém sorriu de passagem
Numa cidade estrangeira
Lembrou o riso que eu tinha
e esqueci entre os dentes
Como uma pera se esquece
Sonhando numa fruteira
Milton Nascimento
Caçador de mim
Por tanto amor,
por tanta emoção
A vida me fez assim
Doce ou atroz,
manso ou feroz
Eu,caçador de mim!
Preso a canções,
entregue a paixões
Que nunca tiveram fim
Vou me encontrar
longe do meu lugar
Eu,caçador de mim
Nada a temer senão o correr da luta
Nada a fazer senão esquecer o medo
Abrir o peito à força numa procura
Fugir as armadilhas da mata escura
Longe se vai sonhando demais
Mas onde se chega assim
Vou descobrir o que me faz sentir
Eu,caçador de mim...
Milton Nascimento
por tanta emoção
A vida me fez assim
Doce ou atroz,
manso ou feroz
Eu,caçador de mim!
Preso a canções,
entregue a paixões
Que nunca tiveram fim
Vou me encontrar
longe do meu lugar
Eu,caçador de mim
Nada a temer senão o correr da luta
Nada a fazer senão esquecer o medo
Abrir o peito à força numa procura
Fugir as armadilhas da mata escura
Longe se vai sonhando demais
Mas onde se chega assim
Vou descobrir o que me faz sentir
Eu,caçador de mim...
Milton Nascimento
Eu e a vida

Sou um apreciador da vida. Vivo observando tudo que acontece ao meu redor e contemplando a perfeição com que as coisas foram concebidas a nós, pela natureza. As vezes tenho exatamente a sensação de que sou um ávido espectador! Que ora apenas assiste, ora é convidado a participar do espetáculo! Participação as vezes difícil, densa! Repleta de surpresas e armadilhas! Outras vezes prazeirosa e doce como o mais doce dos néctares!
Há momentos em que figuro como o mocinho que outrora foi o bandido! Um dia sou caça, no outro caçador! E assim, sigo vivendo e aprendendo num processo sem fim, confrontando minhas verdades e meus medos! Insistindo na busca de um "eu" melhor!
Questiono-me quanto ao sentido de tudo isso! Quanto ao sentido de pensar e logo existir! Indago sobre as vezes em que preferi anular minha existência para voltar a ser espectador e que não pude voltar atrás! Não pude?
Enquanto escrevo, as coisas continuam acontecendo da mesma forma, alheias a minha vontade, soberanas! A dinâmica do universo não se altera em função da minha ou da sua vontade! Todo ele conspira a favor de tudo que segue rumo ao equilíbrio, e nós, somos levados sem muitas alternativas!
Logo, eu entendo que "viver" transcende qualquer sentimento ou vontade menor que em nós se manifeste. Mas digo viver, no sentido mais profundo da palavra! No sentido de compreender a tua existência, importância e a que vieste ! Complicado e não menos denso do que nossos próprios pensamentos!! E quantos são !!!!
Hoje não estou inspirado! Mas sempre tive tanta vontade de escrever isto e... nunca saí dos ensaios... tinha que fazer isto agora! Percebi que mais do que tempo perdido, tinha deixado de viver este momento! Momento que surgiu efêmero e que agora passa a ter um valor! Ao menos pra mim ! E quer saber.... é isso que me importa!!! Viva!!!!!!!!!!
Há momentos em que figuro como o mocinho que outrora foi o bandido! Um dia sou caça, no outro caçador! E assim, sigo vivendo e aprendendo num processo sem fim, confrontando minhas verdades e meus medos! Insistindo na busca de um "eu" melhor!
Questiono-me quanto ao sentido de tudo isso! Quanto ao sentido de pensar e logo existir! Indago sobre as vezes em que preferi anular minha existência para voltar a ser espectador e que não pude voltar atrás! Não pude?
Enquanto escrevo, as coisas continuam acontecendo da mesma forma, alheias a minha vontade, soberanas! A dinâmica do universo não se altera em função da minha ou da sua vontade! Todo ele conspira a favor de tudo que segue rumo ao equilíbrio, e nós, somos levados sem muitas alternativas!
Logo, eu entendo que "viver" transcende qualquer sentimento ou vontade menor que em nós se manifeste. Mas digo viver, no sentido mais profundo da palavra! No sentido de compreender a tua existência, importância e a que vieste ! Complicado e não menos denso do que nossos próprios pensamentos!! E quantos são !!!!
Hoje não estou inspirado! Mas sempre tive tanta vontade de escrever isto e... nunca saí dos ensaios... tinha que fazer isto agora! Percebi que mais do que tempo perdido, tinha deixado de viver este momento! Momento que surgiu efêmero e que agora passa a ter um valor! Ao menos pra mim ! E quer saber.... é isso que me importa!!! Viva!!!!!!!!!!
Vai saber

Não vá pensando que determinou
Sobre o que só o amor pode saber !
Só porque disse que não me quer
Não quer dizer que não vá querer !
Pois tudo o que se sabe do amor
É que ele gosta muito de mudar
E pode aparecer onde ninguém ousaria supor
Só porque disse que de mim não pode gostar
Não quer dizer que não tenha do que duvidar
Pensando bem, pode mesmo chegar.... a se arrepender
E pode ser então que seja tarde demais
Vai saber?
Adriana Calcanhoto
Sobre o que só o amor pode saber !
Só porque disse que não me quer
Não quer dizer que não vá querer !
Pois tudo o que se sabe do amor
É que ele gosta muito de mudar
E pode aparecer onde ninguém ousaria supor
Só porque disse que de mim não pode gostar
Não quer dizer que não tenha do que duvidar
Pensando bem, pode mesmo chegar.... a se arrepender
E pode ser então que seja tarde demais
Vai saber?
Adriana Calcanhoto
Drão
Drão, o amor da gente é como um grão !
Uma semente de ilusão !
Tem que morrer pra germinar !
Plantar em algum lugar, ressucitar no chão ...
Nossa semeadura !
Quem poderá fazer aquele amor morrer...
Nossa caminhadura !
Dura caminhada, pela estrada escura !
Drão, não pense na separação Não despedace o coração !
O verdadeiro amor é vão !
Estende-se infinito, imenso monolito
Nossa arquitetura
Quem poderá fazer aquele amor morrer
Nossa caminhadura
Cama de tatami Pela vida a fora !
Drão, os meninos são todos sãos !
Os pecados são todos meus !
Deus sabe a minha confissão !
Não há o que perdoar !
Por isso mesmo é que há de haver mais compaixão !
Quem poderá fazer aquele amor morrer... se o amor é como um grão...
Morre e nasce trigo !
Vive e morre pão !"
Gilberto Gil
Uma semente de ilusão !
Tem que morrer pra germinar !
Plantar em algum lugar, ressucitar no chão ...
Nossa semeadura !
Quem poderá fazer aquele amor morrer...
Nossa caminhadura !
Dura caminhada, pela estrada escura !
Drão, não pense na separação Não despedace o coração !
O verdadeiro amor é vão !
Estende-se infinito, imenso monolito
Nossa arquitetura
Quem poderá fazer aquele amor morrer
Nossa caminhadura
Cama de tatami Pela vida a fora !
Drão, os meninos são todos sãos !
Os pecados são todos meus !
Deus sabe a minha confissão !
Não há o que perdoar !
Por isso mesmo é que há de haver mais compaixão !
Quem poderá fazer aquele amor morrer... se o amor é como um grão...
Morre e nasce trigo !
Vive e morre pão !"
Gilberto Gil
O eterno começo
Começar...
Talvez esta seja a parte mais difícil de todas que ainda estão por vir !
O começo pode ser o cartão de visitas para o novo
bem como a carta de demissão para o velho!
Começar implica em saber que nos propomos à algo
que nem sempre sabemos no que vai dar e que este algo pode levá-lo do inferno ao céu
com a mesma despretensão com que olhas ao acaso !
O começo de uma nova fase, de um novo trabalho e até mesmo de uma nova história,
é o ato de consumar aquilo que estava latente!
Aquilo que você guardou mas o coração insiste em pulsar e expulsar !
Deixe mesmo vir a tona tudo aquilo que o tempo acalmou !
O tempo não cura nada !
Ele apenas desloca, sorrateiro, o incurável do centro das atenções !
Ele cumpre o papel do bem e do mal!
Ele acalma, conforta e esconde tudo aquilo que,
com ele irá fermentar até que o ciclo se renove !
Até que tudo se torne latente de novo!
E você tenha que recomeçar !
Talvez esta seja a parte mais difícil de todas que ainda estão por vir !
O começo pode ser o cartão de visitas para o novo
bem como a carta de demissão para o velho!
Começar implica em saber que nos propomos à algo
que nem sempre sabemos no que vai dar e que este algo pode levá-lo do inferno ao céu
com a mesma despretensão com que olhas ao acaso !
O começo de uma nova fase, de um novo trabalho e até mesmo de uma nova história,
é o ato de consumar aquilo que estava latente!
Aquilo que você guardou mas o coração insiste em pulsar e expulsar !
Deixe mesmo vir a tona tudo aquilo que o tempo acalmou !
O tempo não cura nada !
Ele apenas desloca, sorrateiro, o incurável do centro das atenções !
Ele cumpre o papel do bem e do mal!
Ele acalma, conforta e esconde tudo aquilo que,
com ele irá fermentar até que o ciclo se renove !
Até que tudo se torne latente de novo!
E você tenha que recomeçar !
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