sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Soneto do amor total


Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.

Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.

Vinícius de Moraes

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

E a vida?

Vida efêmera
Vida tudo
Vida nada
Viver é isso
Viver é nada
E é assim
num dia se está
no outro não!
Porque tudo isso
será tudo em vão?