domingo, 30 de março de 2008

A trilogia do amigo

Inicio esta trilogia onde tudo começa...
através de palavras soltas, que se unidas...
não há medida que as meça!

Amigo. Do latim “amicu”, o que quer bem; favorável; partidário; aliado; afeiçoado; que tem amizade.
Amizade. Do latim “amicitate”, afeição; amor; boa relação; laço cordial entre duas ou mais entidades; dedicação; benevolência; afinidade.

Usando das palavras de Vinícius de Moraes
faço com que sejam elo e introdução...
para explicar o que não posso mais!

"Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive."
Agora, com a permissão da palavra...

Nada se compara ao valor de um grande amigo! Do latim “amicu”...
O que quer bem, aliado favorável as tuas nobres causas, mesmo as que valor não tem!
São a eles que você chama, e para estender-lhe a mão sempre vem!

Não importa o que queres!
A amizade normalmente definida por “afeição”
Ou também por “amor” e “boa relação”...

Faz com que aos amigos nos postemos sempre de plantão!
Acreditando a eles, sempre tudo poder fazer!
Zerando qualquer pendência que se possa ter!
Eximindo-os de todo o fracasso que esteja por vir!
Mudar o curso do rio, para não deixá-los submergir!
Ou reforçando laços...
Simplesmente para não deixá-los ir!

Amigos são como preciosidades... poucos e raros! E por isso... muitos, não se tem!
Muitos dizem ter amigos, mas não sabem que amigos os têm!
Inimigos eu dispenso!
Gosto de ter amigos para cercado deles viver!
Ostentar o orgulho de uma grande amizade...
Saber que amigos eu posso ter!

Ouso meus amigos contar!
Seleciono um em cada lugar!

Reconheço-os num lapso de olhar!
E não preciso de muito para assim compreende-los!
Como de muito não preciso para eles amar!
Olho, e logo os vejo!
Nos enganamos algumas vezes e mesmo com as amizades que não ensejo...
Hoje descubro que nada é em vão!
E por isso acredito que valham a pena!
Concordo com o poeta, então!
E com uma mensagem secreta encerro este poema!
Mensagem que outrora servirá como lição!
Ou descobres aqui! Ou ...
Só a vida a ti, revelará então!

E assim, encerro a trilogia
Com o poema do amigo aprendiz!
Pelos versos de Fernando Pessoa
A dizer o que está por um triz!

"Quero ser o teu amigo.
Nem demais e nem de menos.

Nem tão longe e nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida,
Da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar, quando for hora de calar.
E sem calar, quando for hora de falar.
Nem ausente, nem presente por demais.
Simplesmente, calmamente, ser-te paz.
É bonito ser amigo, mas confesso é tão difícil aprender!
E por isso eu te suplico paciência.
Vou encher este teu rosto de lembranças,
Dá-me tempo, de acertar nossas distâncias..."

domingo, 23 de março de 2008

Feliz Páscoa

Conviver é uma arte!
Compreender e ser compreendido...
um exercício!
Que perpassa por conhecer os limites alheios
Se entregar e também receber por inteiro!
Fazer parte deste jogo indecidido!
O silêncio que agora nos afasta
É o mesmo que nos faz próximos...
Nos mantém em sintonia
E nos livra de todo o ócio!
Feliz aquele que sabe
Que no fundo somos todos iguais
Os pobres e os imortais...
Compartilhamos os mesmos anseios
E sentimos os mesmos “ais”!
Cada qual com a sua dor
Tua fragilidade
Teu rancor
Tudo que só você pode sentir!
Neste momento
Estou tão frágil quanto você!
Faz-me muito mal
Em você não perceber
A predisposição, pra que possa entender
Saber que...
O que ainda virá...
Não só a tua vida irá mudar
Metamorfose minha será também!
Será para sempre, irreversível, amém!
E a nós...
Caberá apenas...
Amar incondicionalmente!
Oferecer um lar,
E uma vida condizente
Com o “bom relacionar”
Espelho de nossas mentes!

Vinícius de Moraes



Não!
Este não é um texto do Vinícius de Moraes
É um texto por Vinícius!
O efeito pela causa dele!
Pelo poeta que reside dentro de cada um
Pela admiração em perceber
O quanto temos a conhecer
Dos que indiretamente...
Fazem parte de o nosso conviver!
Imaginem a verdade de alguém
Que como ele nunca amou “ninguém”,
Porque amou a todos!
Não sou homem de devoção
Mas devo reconhecer que
Naquele homem, e em seu viver
Havia uma grande escola!
Uma escola em que não se cobravam notas
Não se pedia a presença
Onde não haviam avaliações!
Uma escola onde somente se aprendia!
Aprender de aprendizado
De mudar o comportamento
E assim mutante...
Viver intensamente
O teor de cada instante!
Sem se preocupar com o porvir!
Porque só agora o conheci?
Porque não o descobri outrora
Para despertar o Vinícius que aqui aflora
E eu não o deixava vir!
Vínícius era um só!
Mas isso não desfaz
da existência dos pobres mortais
Pois estes amam também!
O amor está aí para quem quiser
O que fazer com ele
Só saberás quando vier!
Por quantas forem...
as vezes em que ele aparecer!
Numa hora, como felicidade plena
Noutra, alegria amena
E por fim expondo...
O que há de belo em sofrer!
E o que há?
Vinícius saberia responder!

sexta-feira, 21 de março de 2008

Amor

O mais sublime dos sentimentos
E talvez por isso...
o mais complexo!
Tudo que dele parte...
Parece mesmo sem nexo!
Oferece-nos a faca e o queijo
E nos toma o apetite!
Além disso...
Nos torna feliz e triste
Não se desculpa
e nem deixa desculpar!
Brinca com nossas vidas
Nos domina de lá do seu altar!
“Faz doer e depois sossega”!
Será?
Acho mesmo é que nos cega!
Ele é onipotente
Caminha de braços dados com o bem...
Entre abraços com o mal!
Mistura-se com o bem querer
Para nos confundir afinal!
Está em tudo em nossas vidas
Esta em todo lugar
No tesão pelo trabalho
Na fome para a comida!
Está em tudo que pensar!
Esta na mãe, no pai,
no amigo e no irmão!
Nas frestas entre os dedos
Da minha e da sua mão!
Está pairando no ar!
Realmente complexo...
ao mesmo tempo elementar!!!
Está próximo do ódio
No sentimentozinho barato...
No vencer sem subir ao pódio!
Está mesmo ai para nos entreter!
Para quebrar o marasmo que seria viver!
Amar para ser tudo...
E nada ter!
Ou quem sabe...
Para ter tudo,
E nada ser!
Amor que vou guarnecer!
Conceito que desisto de entender
Ao passo que vou seguindo
Com ele a conviver!

sábado, 15 de março de 2008

O bem e o mal

Danilo Caymmi

Eu guardo em mim

Dois corações

Um que é do mar

Um das paixões

Um canto doce

Um cheiro de temporal

Eu guardo em mim

Um deus, um louco, um santo

Um bem e um mal

Eu guardo em mim

Tantas canções de tanto mar

tantas manhãs

Encanto doce

O cheiro de um vendaval

Eu guardo em mim

O Deus, o louco, o santo

O bem e o mal!

terça-feira, 4 de março de 2008

Alguém tem que ceder




Cansei...

Não de você

ou do seu amor !
Não do que você é
Nem do que eu sou!

Cansei das coisas que não me fazem bem!

Notei, ainda bem!...
Que a reciprocidade do amar
Não é só ser amado
Mas amar-se também!

Percebi que não há amor sem dor!
A doação plena
Anula o que há de mais importante no amor...

Os amantes!

Por isso, cansei de me anular
E isso não é egoísmo...
É cuidado com o meu par!

Alguém tem que ceder
Mas dessa vez,
não vou fazer isso!
Quero ver você crescer
Acata para ti este compromisso!

Olha-te no espelho
Além do que podes ver
Não há só pontos positivos
Mas também a desenvolver

Entenda,
que não peço nada pra mim!
Alerto apenas
Para o começo do fim!

Não é isso que eu quero!
Acredito...
Não ser o que queremos!
Faça o que quiser
Só não desfaça este momento!

Tente ao menos uma vez...
ser mais forte do que eu!
Para quando eu precisar de colo
Que então, eu busque o teu!

E que somente ele
Seja o esteio para acalentar
Os anseios, não só do teu
Mas também do meu amar!